Certas vezes me impressiono com o tipo de parâmetro que costumeiramente se é usado para avaliar o nível de educação de uma pessoa, instituição e sociedade.
A aprovação em um curso de faculdade pública tem sido a principal fonte avaliativa do nível educacional que as escolas podem dispor, assim, se a escola tem um grande número de alunos aprovados nos vestibulares públicos e mais concorridos do país , ela é considerada de bom ensino.
Tudo bem, Bravo! Aprovar grande parte de seus alunos em vestibulares que excluem pessoas em grande potencial - já que estes mesmos não selecionam seus candidatos - é sim, sem dúvida, um bom feito.
Mas a questão é: Será isso suficiente para se medir o nível de educação das pessoas que ali estudam?
Naqueles dias que estamos para conversar com nossos botões e pensamos em coisas que diariamente abdicamos do nosso olhar , apenas por não estarem relacionadas diretamente a nós,eu então comigo mesma falo:
- Do que adianta estudar nas "melhores escolas", ser aprovado nos vestibulares públicos mais disputados, e depois jogar uma latinha de refrigerante no meio da rua??? Deus, do que adianta todo esse conhecimento teórico sobre a emissão de gases poluentes, o efeito estufa, a importância da preservação da natureza ( que, vale ressaltar, tem sido muitas vezes tema de redações de vários vestibulares) e tantos outros conhecimentos de extrema relevância para o homem e o mundo, se na prática de nada valem???
Infelizmente, aos meus olhos, parece que está havendo uma inversão de valores e conceitos fundamentais para isto que determina o progresso do ser humano: a educação.
Não é o dinheiro, a fama, o prestígio ou a cor da pele que é responsável pela verdadeira diferença entre nós, seres humanos, e sim ela, a boa e rara educação.
Um exemplo para esclarecer:
Todo ano, várias pessoas concluem o curso de medicina e teoricamente estão prontas para o mercado de trabalho e a vida. Mas como eu disse, é apenas teoricamente, porque na prática o que se vê são médicos recém-formados com elevada capacidade de se tornarem grandes profissionais mas que no entanto não dispõem do principal: mais uma vez, lá vem ela, a educação.
Tenho curiosidade em saber, como um médico poderá dizer que é um bom médico, se nem ao menos se importa com a pessoa que está tratando pois não a enxerga ( sim, porque muitos veêm, mas poucos enxergam) além da condição social e econômica aparentes?
O que dizer então desses profissionais? são médicos?
Não, certamente não são.Médicos de verdade, para quem realmente entende o que significa ser médico, não são.
(que aqueles que são ou serão médicos não me queiram mal,o que disse acima é apenas um estereótipo de profissionais que infelizmente não agem com a devida coerência que a sua profissão exige, e que fique claro que pessoas assim existem em todos os setores, afinal gente mal - educada,- cujo sentido da palavra aqui vai além de boas maneiras- não escolhe religião, etnia e muito menos profissão para desonrar todos aqueles que realmente são dignos do título que levam consigo)
Acho que a capacidade de reflexão da humanidade têm se esvaído gradativamente com a expansão de um mundo deslumbrado com aquilo que o dinheiro pode comprar.
Contudo, sei que tão imprescindível quanto saber História, Geografia, Línguas Portuguesa e Inglesa, Matemática, e todas as outras matérias que se apresentam como verdadeiros "dilemas" a serem decifrados na vida de muitos jovens estudantes, é saber também os problemas socioeconômicos que abrangem o país e o mundo em que se vive, para que assim se possa adquirir a consciência necessária de um ser capaz de viver em sociedade.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
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