sábado, 12 de julho de 2008

Tirando a poeira

O comentário que segue é motivado pelo livro de uma senhora chamada Rosamunde Pilcher, culpada pelas olheiras que me perseguiram por algumas semanas, devido às madrugadas que fiquei acordada me deliciando com o seu maravilhoso talento de escrever.

Li Os catadores de conchas a primeira vez e fiquei fascinada como palavras tão simples podem expressar tanto.

Aqui vai a prova do que digo :

Se alguém que respeitamos acha que somos capazes de fazer alguma coisa, em geral é verdade.

A ganância e a cobiça têm um poder destrutivo tão devastador quanto a inveja, separando pais e filhos, irmãos e irmãs, em caráter irrevogável.



Hoje, por motivos nostálgicos talvez, decidi reabrí-lo.

Fui à prateleira de livros, e ele estava lá, com sua capa cor de areia e o título em letras finas e elegantes, representando sem saber, o melhor dos romances que tenho.

Comecei a ler a introdução, reescrita pela autora em 1997 - quando o livro comemorava 10 anos de lançamento e sucesso no mercado mundial - e a sensação de uma nova interpretação para as palavras ali tão bem escritas, brotou em mim.

Fascinante isto:

Depois de quase três anos, o prazer de lê-lo é o mesmo, mas o sabor é outro.

Acho que as palavras de Heráclito, poderiam se encaixar aqui :

Ninguém passa pelo mesmo rio duas vezes.

Deve ser assim com os livros também; a cada nova leitura, se transforma em um novo livro.

Não é à toa que Os catadores de conchas, é o que é.

Um comentário:

Mariuzza disse...

Tainá! Colega de super infância com blog super interessante!
Eu tô estudando Filosofia esse ano e até gosto. Não concordo com muita coisa mas o pensamento de Heráclito é incontestável...
Passarei a visitar :*

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