sábado, 18 de fevereiro de 2006
Blues da Piedade
Composição: Roberto Frejat/Cazuza
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêncio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
domingo, 12 de fevereiro de 2006
Ambição.
Natureza humana:
Insatisfação com a vida.
Seja ela do jeito que for,
estamos sempre desejando algo a mais.
Assim acabamos por acreditar que a vida alheia é sempre mais interessante que a nossa.
Dando-nos motivos para almejarmos até a coisa mais supérflua que não pertence ao nosso acervo de conquistas.
A revelação de desejos incessantes ocorre na mais tenra idade.
Ocorre quando uma criança deseja um brinquedo.
torna-se inquieta e incompleta até a obtenção do objeto(quase sempre com sacrifícios de seus geradores)
e então vibra de alegria no primeiro instante,
acha-se privilegiada diante de seus companheiros de balbúrdia que nem em sonhos mais deleitosos puderam imaginar-se com tal aquisição.
Até que um dia(não muito distante da data do presente) a sensação de realização acaba:
Sabe-se da existência de outro brinquedo.
E o ciclo da insatisfação continua.
Agora mais forte, mais intenso.
A necessidade, por mais banal que seja, apresenta a cada amanhecer mais fundamento.
Agora pergunto-lhe: Por quê ?
como questionamentos de mãe e pai em momentos de fúria e advertência ao filho, eu mesma pergunto e eu mesma respondo:
Porque precisamos de um sentido para aquilo que chamamos de vida.
por : Tainá Lima
Insatisfação com a vida.
Seja ela do jeito que for,
estamos sempre desejando algo a mais.
Assim acabamos por acreditar que a vida alheia é sempre mais interessante que a nossa.
Dando-nos motivos para almejarmos até a coisa mais supérflua que não pertence ao nosso acervo de conquistas.
A revelação de desejos incessantes ocorre na mais tenra idade.
Ocorre quando uma criança deseja um brinquedo.
torna-se inquieta e incompleta até a obtenção do objeto(quase sempre com sacrifícios de seus geradores)
e então vibra de alegria no primeiro instante,
acha-se privilegiada diante de seus companheiros de balbúrdia que nem em sonhos mais deleitosos puderam imaginar-se com tal aquisição.
Até que um dia(não muito distante da data do presente) a sensação de realização acaba:
Sabe-se da existência de outro brinquedo.
E o ciclo da insatisfação continua.
Agora mais forte, mais intenso.
A necessidade, por mais banal que seja, apresenta a cada amanhecer mais fundamento.
Agora pergunto-lhe: Por quê ?
como questionamentos de mãe e pai em momentos de fúria e advertência ao filho, eu mesma pergunto e eu mesma respondo:
Porque precisamos de um sentido para aquilo que chamamos de vida.
por : Tainá Lima
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006
Inovar
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma de nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre para os mesmos lugares."
(Fernando Pessoa)
(Fernando Pessoa)
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